Ao prestar explicações sobre a estadia na Embaixada da Hungria, em Brasília, Jair Bolsonaro afirmou ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre Moraes, que seria “ilógico” pedir asilo político ao embaixador.
Esta fala surgiu nesta quarta-feira (27) em resposta a desconfiança de que ele estivesse se protegendo de um eventual mandado de prisão, pois estando asilado seria imune a isto. Além disso, o ex-presidente estava com o passaporte apreendido, por determinação de Moraes, desde a deflagração da Operação Tempus Veritatis. (leia mais abaixo)
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Defesa
Na petição, a defesa de Bolsonaro diz que é “ilógico” considerar que o ex-presidente pediria asilo político para a embaixada. Segundo a defesa, Bolsonaro não tinha preocupação com eventual prisão.
“Diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga. A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada”, afirmou a defesa.
Os advogados também afirmaram que o ex-presidente sempre manteve interlocução com as autoridades húngaras e rechaçaram ilações sobre eventual pedido de asilo diplomático.
“São, portanto, equivocadas quaisquer conclusões decorrentes da matéria veiculada pelo jornal norte-americano, no sentido de que o ex-presidente tinha interesse em alguma espécie de asilo diplomático, conclusão a que se chega bastando considerar a postura e atitude que sempre manteve em relação as investigações a ele dirigidas”, completou a defesa.
Bolsonaro é aliado do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que esteve na posse do ex-presidente em 2018. Em 2022, Bolsonaro visitou Budapeste, capital húngara, e foi recebido por Orbán. Além disso, ambos trocam constantes elogios públicos.
*Com informações de Agência Brasil
**Sob supervisão de Marcos Andrade
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