O HC (Hospital de Clínicas) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)
Em todo o estado, só cinco hospitais, já contando a Unicamp, fazem esse procedimento. Em Campinas, a primeira paciente do HC que passou pela técnica pioneira foi a cozinheira Vera Lúcia. Ela já tinha feito duas cirurgias no coração por conta de um problema na chamada válvula tricúspide, que é responsável por controlar o fluxo de sangue.
Ela teria que operar mais uma vez, só que o procedimento tradicional era considerado muito arriscado para a sua condição. Foi, então, que a equipe médica da cardiologia do Hospital de Clínicas da Inicamp decidiu tentar um outro método. E, assim, ela foi a primeira paciente do HC de Campinas a receber um implante percutâneo de válvula.
“Fiquei assim chocada. Porque é muito interessante de ser pelo pescoço. E foi um sucesso. Na outra cirurgia, fiquei curvada, com dor no peito, nas costas. Essa não, não senti nada. Até agora não sinto nada”, contou a cozinheira em entrevista à EPTV Campinas.
A expectativa é de que pelo menos 50 cirurgias deste tipo sejam feitas até o final do ano na Unicamp.
“Essa é uma técnica muito menos invasiva para o paciente. Então, a técnica padrão é uma cirurgia aberta, que normalmente o paciente tem alguns dias de pós-operatório, fica alguns dias na UTI. Com essa técnica, o paciente com uma sedação leve, ou até mesmo sem sedação, é feita a inserção dos catetérs pelos vasos da perna ou do pescoço e é colocado o dispositivo através de um sistema que abre a válvula com o coração ainda em funcionamento”, explicou o coordenador da disciplina de cardiologia da Unicamp, Otávio Rizzi Coelho Filho.
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OUTRO PACIENTE
Vanderlei Martinghi tinha feito uma ponte de safena em 2014 e em 2021 começou a apresentar novos sintomas. Por conta do seu estado de saúde e de outras doenças associadas,
“Foi uma alegria, né? Uma alegria muito grande de ter esse conserto”, disse.
Ainda de acordo com o coordenador da disciplina de cardiologia da Unicamp, Otávio Rizzi Coelho Filho, agora os pacientes mais graves serão priorizados, que podem se beneficiar mais do risco menor. “Mas é possível que a gente consiga expandir essa indicação para pacientes com risco menores”, disse.
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