*Esta matéria foi atualizada às 19h30 do dia 7 de maio
Um grupo armado e usando um símbolo nazista é acusado de atacar pessoas negras e fazer disparos em frente a um bar próximo a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em Barão Geraldo, na noite de ontem (6). O proprietário do bar levou tapas.
Segundo testemunhas, o grupo de motoqueiros, sendo que um deles exibia uma suástica na roupa, chegou a empurrar pessoas negras em frente ao local e fez dancinhas imitando macacos. Os homens também estariam armados e atiraram para cima em frente ao estabelecimento comercial.
O relato da confusão que gerou medo entre os clientes foi postado em um grupo de universitários em uma rede social na madrugada deste sábado (7) da Unicamp.
PROPRIETÁRIO DO BAR
O proprietário do Bar do Ademir, onde o caso ocorreu, disse que levou tapas ao defender um funcionário negro. O grupo iniciou uma briga com o garçom, que é africano, quando estava sendo atendido.
“Fui defender um funcionário que trabalha com a gente e (ele) deu dois tapas na (minha) cara. Depois, deram três tiros e foram embora”, contou ele.
O dono do estabelecimento conta ainda que a polícia foi acionada e chegou rápido no local. “Não vou me intimidar, a gente não fez nada de errado, vai abrir normalmente (hoje). Ontem fechei na hora, tinham muitas pessoas na rua”.
O proprietário disse ainda que quando viu uma arma ficou desesperado e paralisou. “Sei que intimidaram o funcionário. E quando apontou a arma para mim, eu paralisei”. Ele falou também que o bar tem mais de 20 anos e que, para ele, foi um caso de racismo. O dj que tocava no momento do ocorrido no bar também é negro.
“Não tem porquê. Eles nem estavam no bar consumindo nada”, disse ele, que não quis ser identificado. Hoje, em comunicado nas redes sociais, o Bar do Ademir informou que vai abrir normalmente. O proprietário deve ainda registrar um boletim de ocorrência.