Caroline Oliveira de Lima, de 40 anos, conta que teve que mudar a rotina da família depois de ser ameaçada por um homem armado no último dia 30, horas depois da divulgação do resultado das eleições
Ela conta que participou de um churrasco na casa de uma amiga durante o domingo, dia do segundo turno das eleições. Como a ideia era sair para comemorar o resultado, contratou uma profissional para cuidar das crianças. Depois de buscar os filhos e enquanto dava carona para a babá, porém, ela relata que foi seguida e ameaçada por um homem armado dentro de um carro.
“Estávamos a todo o momento comemorando, gritando ‘Deu Lula’. Quando fui virar a rua sentido Centro Médico, estava vindo um carro e eu gritei ‘Deu Lula’ e segui reto. Então, percebi que o carro começou a me seguir e parei pra ver se ele passava reto. Foi quando ele emparelhou com o meu carro, começou falar algo do tipo ‘você que está gritando? ’, e apontou uma arma na minha direção”, diz.
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FUGA E MEDO
A cena aconteceu no bairro Cidade Universitária, no distrito de Barão Geraldo. Assustada, Caroline disse ao acidade on Campinas que fugiu. “Na hora, meti o pé no acelerador e saí desesperada, meus filhos chorando, tremendo. Apaguei o farol, e fui entrando nas ruas, até perceber que ele não estava mais me seguindo”, detalha a chef, sem saber se o homem ainda tentou segui-los.
Depois de deixar a babá, a mulher afirma que chegou em casa e acolheu e acalmou os filhos, principalmente as mais novas. Além de um filho de 21 anos, ela é mãe de duas meninas, de 10 anos e 4 anos. A mais velha, inclusive, retirou todos os adesivos do carro que demonstravam apoio ao presidente eleito.
“Estamos receosos, porque eu sei quem é a pessoa e que ela mora bem perto da minha casa”, explica ela, que também mora na região onde a situação ocorreu. Por esse motivo, disse à reportagem que mudou algumas rotas diárias nesta última semana para não passar na frente da casa do homem envolvido.
POLÍCIA E REPRESENTAÇÃO
Preocupada, a chef de cozinha procurou a polícia logo após a ameaça, mas agora conta com o advogado para dar andamento no caso, já que foi informada por telefone que a representação criminal só seria marcada para janeiro. “Então, o meu advogado tomou a frente pra adiantar. É no mínimo absurdo, que temos um alucinado armado por aí, e a polícia simplesmente não faz nada”, desabafa.
O caso não é investigado, já que o trabalho deve ter início após a representação criminal, ação que consiste na vontade do ofendido em autorizar o desencadeamento de uma investigação criminal por meio do inquérito policial.
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