Araraquara fechou o ano de 2023 com 54 registros relacionados ao crime de racismo, segundo dados do programa S.O.S Racismo, da coordenadoria de Políticas Étnicos-Raciais. Esses acolhimentos ocorreram entre os meses de janeiro e dezembro e envolveram casos de racismo e injúria racial.
A gestora pública apontou que a procura espontânea por acolhimentos ocorreu devido à divulgação do funcionamento do programa S.O.S Racismo, onde as vítimas recebem atendimento gratuito e são orientadas para que prossigam com a denúncia do crime.
A leitura feita pela gestora é de que houve avanços importantes, com a aprovação de leis que incentivam a contratação de negros por empresas que recebem incentivos da Prefeitura, de combate ao racismo no Esporte e o lançamento de livro que recupera a escravização.
“Em pesquisa realizada pelo Núcleo de Justiça Racial e Direito da FGV (Fundação Getúlio Vargas) revelou que em segunda instância, aproximadamente 70% das indenizações ficam no limite de até R$ 10 mil. Já na primeira instância, os valores se mantêm, em 51% dos casos em até R$ 5 mil”, completou a gestora pública.
Levantamento feito pelo TJSP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) a pedido do acidade on informou que até outubro de 2023 foram distribuídos quatro processos sobre “Preconceito de Raça ou de Cor” e “Intolerância Racial, de Cor e/ou Etnia”. No mesmo período, estavam em andamento seis processos na Comarca de Araraquara.
O Centro de Referência Afro oferece acolhimento psicológico para vítimas de racismo, trabalha com orientação e formulação de políticas públicas. A sede está localizada na Avenida Mauá, 377, no Centro, e atende pelos telefones (16) 3322-8316 e 99626-9466.
Formado em Jornalismo pela Uniara (Universidade de Araraquara), Walter Strozzi é repórter no acidade on desde 2018. Anteriormente atuou na Tribuna Impressa, Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal e CBN Araraquara.